A tecnologia a serviço da educação inclusiva: um novo desafio da nossa atual sociedade?
Por: Alane Batista da Silva RU 1921922
Fonte: FONOterapiada
A educação detém forte papel na vida de
todos nós seres humanos, pois é através dela que adquirimos e agregamos
conhecimentos e valores não só de si, como também do mundo. No entanto, a
maioria das famílias brasileiras se deparam com adversidades durante o percurso
educativo dos seus filhos, pois muitas não têm nem conhecimento de que os seus
filhos possuem algum tipo de dificuldade de aprendizagem ou deficiência,
segundo o site nova escola:
“O
Instituto Inclusão Brasil estima que 87% das crianças brasileiras com algum
tipo de deficiência intelectual têm mais dificuldades na aprendizagem escolar e
na aquisição de novas competências, se comparadas a crianças sem deficiência.”
Como
todos nós bem sabemos de fato, as crianças que possuem alguma deficiência, não
terá o mesmo desempenho e ritmo de aprendizado das outras crianças, por isso é
altamente importante, os pais e professores tomarem a iniciativa de cuidar e
direcionar essas crianças aos especialistas da área medica e psicológica, onde
possam ser diagnosticadas, especificando qual tipo e grau de deficiência que possui,
e começar a tratar e educar essas crianças de acordo com as suas necessidades,
e é aí que se enquadra o termo educação inclusiva. Afinal o que é uma educação
inclusiva? “A Educação Inclusiva
se configura na diversidade inerente à espécie humana, buscando perceber
e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas
comuns, em um sistema regular de ensino,
de forma a promover a aprendizagem e
o desenvolvimento pessoal de todos.”
Esse é o propósito da educação inclusiva, é
repassar uma educação de qualidade e de acordo com as necessidades de cada um e
para isso ser possível, se faz necessário a presença de profissionais
educacionais qualificados e bem capacitados e de um ambiente adequado.
A deficiência intelectual ou deficiência
mental, como também já foi denominada antigamente, não é doença, ela é
classificada em graus e detém várias características, sendo estas possíveis de
ser notadas pelos familiares e professores, de modo geral no que se refere a
educação, hoje com a tecnologia os professores e pais podem tornar uma ótima
ferramenta para auxiliar na educação dos alunos com esse tipo de deficiência, as tecnologias educativas abrem
caminho para pessoas com esse tipo deficiência terem acesso à educação de
várias formas, pois proporcionam uma gama de alternativas para a inclusão educativa.
No que diz respeito a deficiência intelectual Oliveira discorre que,
“Compreendemos a deficiência intelectual como um modo
qualitativamente diferenciado de desenvolver-se, que deve ser considerada em
seu caráter dinâmico, complexo e plurideterminado, aspectos que ultrapassam as
classificações ou identificações quantitativas.’’ (DIAS; OLIVEIRA, 2013, p.
175).
Atualmente a deficiência intelectual ela é vista como dificuldades
no aprendizado e na compreensão, onde os profissionais educacionais devem
procurar meios de repassar uma boa e adequada educação de acordo com cada
particularidade que cada um possui. Uma forma de inclusão para as crianças que
possuem essa deficiência, seria o uso dos computadores e softwares, as chamadas
tecnologias assistivas,como forma de estimulo ao aprendizado, pois com os
aplicativos que a informática nos oferece nos dias de hoje, sem dúvidas alguma,
ela contribuem positivamente para o ensino e o aprendizado, pois o uso dessa
tecnologia estimulam ainda mais essas crianças, através das multimídias, dos
jogos educativos, vídeos e aplicativos online, proporcionam vários serviços e
recursos, tendo por objetivo complementar, colaborar na educação delas e
inclui-las na sociedade pois elas merecem e precisam de mais atenção e cuidado.
Passerino enfatiza ser necessário que:
“(...)
a utilização do computador para a criação de ambientes de aprendizagem é uma
das muitas possibilidades de uso desta ferramenta na educação. Mas, para criar
ambiente de aprendizagem centrado no aluno como agente ativo é necessário
considerar que o ambiente deve prever não apenas apresentação de situações de
aprendizagem, mas, também, permitir ao aluno a criação de novas situações,
lembrando que essa resolução pode ser social e não apenas individual. ”(2001,
p. 176)
Sabendo disso, na hora de educar uma criança com deficiência intelectual,
os responsáveis por ela devem ter o devido conhecimento a respeito de como
lidar e repassar um ensino, no qual sabemos que não pode ser feito como em
outras crianças normais, tem que haver adaptações nas ferramentas pedagógicas e
no modelo de ensino. Visto isso os recursos tecnológicos ofertados pela
informática dos computadores, eles nos possibilitam e significam muito no
ensino dos deficientes intelectuais, é por meio dessa tecnologia que os alunos
adquirem maior capacidade de interação com o meio em que vivem, adquirem a
comunicação, a criatividade, a aquisição de novos conhecimentos, e instiga
maior interesse pelos estudos.
No entanto, porém, sabemos que não funciona assim em todo lugar,
principalmente no que se refere ao nosso pais, que será possível alcançarmos
tais recursos tecnológicos para auxiliar no ensino a essas crianças portadoras
de algum tipo de deficiência, pois há no Brasil bastante precariedade e
desigualdades, principalmente no tocante a educação inclusiva.
É necessário haver uma maior incentivo e apoio das nossas
autoridades governamentais as nossas instituições de ensino, a prestarem maior
suporte para os ambientes educacionais, abrigarem e capacitarem não só as suas
instituições como também os seus profissionais na educação para poder assim,
ofertar uma educação digna aos portadores de deficiência.
Referências:
DIAS, S. S.; OLIVEIRA, M. C. S. L. Deficiência intelectual na
perspectiva histórico-cultural: contribuições ao estudo do desenvolvimento
adulto. In: Revista Brasileira de Educação Especial, vol.19, n.2,
p. 169-182, abril/junho de 2013.
PASSERINO,
Liliana Maria. Informática na Educação Infantil: Perspectivas e possibilidades.
In: ROMAN, Eurilda Dias; STEYER, Vivian Edite. (Org.). A Criança de 0 a 6 anos
e a Educação Infantil: Um retrato multifacetado. Canoas, 2001.
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